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1.
Rev. bras. estud. popul ; 38: e0151, 2021. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1288517

ABSTRACT

Nos últimos 30 anos, o Brasil consolidou aspectos da mudança estrutural no mercado de trabalho referentes à modernização ocupacional, participação feminina e expansão do ensino superior. Nesse sentido, coortes mais jovens se inserem em um contexto distinto daqueles presenciados em décadas passadas. Logo, este artigo tem como objetivo medir a variação da segregação ocupacional e a disparidade salarial por gênero e raça em três grupos etários. Assim, questiona-se: a segregação ocupacional por gênero e raça é menor entre os mais jovens? Isso se reflete em menor desigualdade salarial? Tais perguntas são analisadas por meio de índices de segregação e decomposições salariais com base na PNAD 2015 para uma amostra de pessoas com ensino superior completo. Os resultados apontam menor desigualdade entre os mais jovens, mas ainda deixam dúvidas se são efeitos de idade ou coorte. Para isso, uma segunda análise compara os índices de segregação da coorte entre 26 e 35 anos em 2015 com o mesmo intervalo nos anos de 1995 e 2005, com o intuito de separar os efeitos de coorte e de idade. Ao final, indica-se que a idade é mais associada ao aumento da desigualdade do que a coorte, embora entre os mais jovens haja menor segregação por raça.


In the past 30 years, Brazil strengthened labor market structural change on aspects related to occupational modernization, feminine participation and Higher Education expansion. In this regard, younger cohorts entered in a different context than those who entered in past decades. Thus, this research aims to measure occupational segregation and wage disparities by gender and race over three age groups. Therefore, the questions are: Is occupational segregation lower among younger people? Does it reflect on lower wage inequality? These questions are analyzed through segregation and wage decomposition from PNAD 2015 on a sample for people with Higher Education. These results point out to lower inequality among the youngest people, but doubts remain as to whether these are age or cohort effects. In this regard, the segregation index for the cohort between 26 and 35 years old in 2015 is compared to the same age range in 1995 and 2005, focusing on isolated cohort and age effects. In the end, it is pointed out that age is more associated with increasing inequality than with cohort, although segregation by race is lower among the younger cohort.


En los últimos treinta años, Brasil ha consolidado aspectos de cambio estructural en el mercado laboral relacionados con la modernización ocupacional, la participación femenina y la expansión de la educación superior. En este sentido, las cohortes más jóvenes se insertan en un contexto diferente del que se insertaron en décadas pasadas. Por tanto, la presente investigación tiene como objetivo medir la variación en la segregación ocupacional y la brecha salarial por género y raza en tres grupos de edad. En este sentido, las preguntas son: ¿La segregación ocupacional por género y raza es menor entre las personas más jóvenes? ¿Se refleja esto en una menor desigualdad salarial? Estas preguntas se analizan mediante índices de segregación y descomposiciones del salario basados en el PNAD de 2015 en una muestra de personas con estudios superiores completos. Los resultados muestran tasas más bajas de desigualdad entre las personas más jóvenes, pero aún dejan dudas sobre si son efectos de la edad o la cohorte. Para esto, las tasas de segregación de la cohorte de entre 26 y 35 años en 2015 se comparan con el mismo intervalo en los años 1995 y 2005, para separar los efectos de cohorte y edad. Al final, se indica que la edad está más asociada con una mayor desigualdad que la cohorte, aunque entre las personas más jóvenes hay menos segregación por raza.


Subject(s)
Humans , Salaries and Fringe Benefits , Job Market , Gender Identity , Universities , Cohort Effect , Racial Groups , Income
2.
Rev. bras. estud. popul ; 36: e0081, 2019. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1042241

ABSTRACT

O artigo discute como variáveis individuais e características do local de moradia influenciam a heteroclassificação e suas diferenças com a autoclassificação racial, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A análise busca compreender a construção social da raça e sua fluidez na sociedade, uma vez que as classificações refletem formas de vivências e interpretações da raça. Os dados utilizados são do BH Area Survey (2005), do Censo Demográfico (2010) e do Atlas do Desenvolvimento Humano (2013), por meio de modelos de regressão logística. Os resultados apontam que a heteroclassificação é influenciada por características individuais e contextuais. Para aqueles que se autoidentificam brancos, a escolaridade, a renda e a distribuição racial local se associam às chances de serem heteroclassificados como brancos, ao passo que para os autoidentificados negros, apenas a escolaridade aumenta as chances de sua heteroclassificação ser branca. Dessa forma, sustenta-se que há fluidez racial na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no sentido de que a classificação é influenciada pelas características socioeconômicas e contextuais.


The article discusses how individual variables and neighborhood characteristics influence heteroclassification and its differences with racial self-classification, in the Belo Horizonte Metropolitan Area. The analysis seeks to understand the social construction of race and its fluidity in society, given that different types of classifications reflect distinct experiences and interpretations of race. Data used are from the BH Area Survey (2005), the Brazilian Demographic Census (2010) and the Human Development Atlas (2013), for the analysis we used logistic regression models. Results indicate that hetero-classification is influenced by individual and contextual characteristics. For those who self-identify as white, schooling, income and local racial distribution are associated with opportunities of being hetero-classified as white, whereas for individuals self-identifying as black, only schooling increases the chances of being hetero-classified as white. Thus, we conclude that there is racial fluidity in the Belo Horizonte Metropolitan Area, in the sense that classification is influenced by socioeconomic and contextual characteristics.


El artículo discute cómo variables individuales y características de la vivienda influencian la heteroclasificación y sus diferencias con la autoclasificación racial, en la Región Metropolitana de Belo Horizonte. El análisis busca comprender la construcción social de la raza y su fluidez en la sociedad, ya que las clasificaciones reflejan formas de vivencias e interpretaciones de ella. Los datos utilizados son del BH Area Survey de 2005, del censo demográfico de 2010 y del Atlas del Desarrollo Humano (2013). Para el análisis se usaron modelos de regresión logística. Los resultados apuntan a que la heteroclasificación es influenciada por características individuales y contextuales. Para aquellos que se autoidentifican blancos, la escolaridad, la renta y la distribución racial local se asocian a las posibilidades de ser heteroclasificado como blanco, mientras que para los autoidentificados negros, solo la escolaridad aumenta las posibilidades de su heteroclasificación ser blancos. De esta forma, se sostiene que hay fluidez racial en la Región Metropolitana de Belo Horizonte, en el sentido de que la clasificación es influenciada por las características socioeconómicas y contextuales.


Subject(s)
Humans , Societies , Logistic Models , Demography , Censuses , Black People/classification , Race Relations , Socioeconomic Factors , Population Characteristics , Educational Status , Social Segregation
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